Entrevista de Label France com Georges Pralus:
Criador do cozimento a vácuo ( Sous vide)
Ao inventar o cozimento a vácuo, Georges Pralus abriu novos campos de pesquisa culinária e formou a chefs renomados.
Label France: Como você inventou a cozinha a vácuo?
Georges Pralus: Em 1974 os irmãos Troisgros em seu restaurante, reclamarão perder mais do 40% de foie gras durante o cozimento. Depois de várias tentativas terminei por reduzir essa perda ao 5%.
Conseguiu cozinhar uma terrina numa tigela a vácuo, que apesar da embalagem de plástico, houve sabor inalterado. O chefe Jean Troisgros disse que nunca havia provado um foie gras tam suculento.
Após o sucesso dessa primeira experiência, continuei com peixes, carnes e legumes ....E assim fize mais de 600 receitas.
Label France: Além do aspecto econômico, quais são as vantagens desta técnica?
Georges Pralus: A qualidade é superior ao obtido por cocimento tradicional. A vácuo a baixa temperatura, os pratos podem reproduzir os sabores da cozinha a fogo lento que faziam nossas avós, mais com materiais modernos e sem a oxidação provocada pelo ar..O processo de cozimento a vácuo, portanto, torna possível respeitar o sabor dos alimentos, vitaminas e minerais, e as gorduras não se transformam.
Label France: Como o mundo da gastronomia reagiu a sua invenção?
Georges Pralus: No início com medo.
Felizmente o chefe Joël Robuchon, que criou as linhas de produtos de varejo que utilizam esta técnica, rapidamente percebeu que era interessante e me apoiou.
Em 1981, abri uma escola, ensinei a cerca de 6.700 pessoas, de 42 países, entre eles, Paul Bocuse, Bernard Loisseau, Michel Bras, Alain Senderens, o chef de Elysium ....
A pedido do exterior abriram-se centros na Bélgica, Luxemburgo, Espanha , Suíça e Japão. Atualmente trabalho sobre todas as cozinhas do mundo, com produtos locais.
Label France: Você está interessado em sua descoberta para outras profissões?
Georges Pralus: Sim dietistas e nutricionistas. Esta técnica preserva a qualidade dos produtos e os faz mais digestivos eliminando o fenómeno da fermentação devido ao ar, os hospitais empregam-lo com certos pacientes.
Não é maravilhoso comer em vez de tomar medicamentos?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já reconheceu o interesse desta tecnologia e planeja realizar experimentos para testar a sua eficácia na saúde pública.
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