PREZADOS ASSOCIADOS DA ABRASEL SP,
A ABRASEL NACIONAL, por sugestão da seccional paulista, em parceria com a FISPAL, iniciou a elaboração de uma pesquisa nacional destinada a revelar a real situação vivida pelo setor, seus estabelecimentos e empresários.
Entre os principais objetivos estão o de informar se a economia, as vendas do setor, o comportamento de custos e preços, os reflexos positivos ou negativos sobre o número de empregos oferecido, etc, está bem, está estável ou está mal.
Poderemos doravante saber como o setor esta indo em relação á economia em geral e o empresário poderá saber como vai seu estabelecimento em relação ao setor. Se seu faturamento aumentou 5% no mês, mas o setor aumentou 10%, ele não foi tão bem como poderia e assim por diante. O índice servirá de referencia para a economia do país e para os empresários do setor.
Ainda dirá como anda a segurança, os investimentos, as reclamações trabalhistas, ticket médio etc, contribuindo para termos argumentos mais científicos e precisos para argumentar com autoridades e para adequarmos nossos negócios.
Enviamos as conclusões abaixo, auto explicativas. É mais um serviço que prestamos aos associados.
Percival Maricato
Presidente Abrasel SP
Resumo Análise Pesquisa de Conjuntura Econômica do Setor de Alimentação Fora do Lar – Bares e Restaurantes – Parceria Abrasel e Fispal
Faturamento
Enquanto no 4º trimestre de 2014, todas as regiões do Brasil, exceto o Sudeste apresentavam crescimento, o que encontramos no 1º trimestre de 2015 é uma queda em todas as regiões. Todavia a maior parte desta queda deve-se a uma sazonalidade histórica em que o primeiro trimestre do ano que se inicia apresenta uma redução média de 6% em relação ao último trimestre do ano anterior. A média nacional de faturamento teve uma redução de 8,39% em relação ao 4º trimestre de 2014. Assim podemos dizer que considerada a sazonalidade trimestral a queda foi da ordem de 2,39%.
Vale ressaltar que o comportamento do setor tem sido diferente de regiões para regiões e de estado para estado. Como exemplo o Nordeste apresenta estabilidade enquanto o sudeste aponta queda superior a média nacional, 3%.
Quadro de pessoal
De um quadro de estabilidade no último trimestre de 2014, o setor evoluiu para uma redução de quadro de pessoal no 1º trimestre de 2015, sendo que média nacional de redução ficou em 4,5% em relação ao 4º trimestre de 2014.
Ticket médio
Pode-se dizer que o ticket médio manteve uma tendência de estabilidade, apesar de leve alta registrada no último trimestre de 2014, teve redução proporcional no 1º trimestre de 2015, sendo que quase 60% dos respondentes declararam ter seu ticket médio estável nos primeiros três meses do ano.
Rentabilidade
7 em cada 10 empresas tiveram rentabilidade entre 0% a 10%, sendo que uma parcela importante 1 em cada 2 aponta rentabilidade inferior a 5%, contra uma rentabilidade média histórica, em períodos de economia mais favorável, de 10%.
Investimentos
Diferentemente do que se poderia esperar, o setor permanece investindo. Nos períodos pesquisados de 2014 e 2015, último e primeiro trimestres, 4 em cada 10 empresários declararam realizar investimentos nos seus negócios, em ordem superior a 15% do seu faturamento. Uma provável explicação seria a necessidade de investimentos em maquinários que viessem a aumentar a produtividade da operação minimizando as pressões de custo, contendo aumentos no preço de venda uma vez que o consumidor já demonstrou dificuldade de absorver qualquer aumento de cardápio.
Reclamações trabalhistas
4 em cada 10 dos pesquisados tiveram pelo menos 1 reclamação trabalhista em ambos os períodos analisados.
1 em cada 5 tiveram mais de duas reclamações trabalhistas neste mesmo período.
3 em cada 4 das reclamações trabalhistas tiveram valor pago ao reclamante de até 5mil reais.
Segurança/Assaltos aos estabelecimentos
3 em cada 10 bares ou restaurantes foram assaltados pelo menos 1 vez nos últimos 3 anos.
1 em cada 20 foram assaltados mais de 3 vezes.
Previsões anuais
Quadro de Pessoal
Embora o pessimismo tenha sido uma marca tanto do quarto quanto do primeiro este vem reduzindo fazendo com que a expectativa de diminuição de quadro tenha sido reduzida possivelmente este empresário esteja levando em consideração que o custo de manutenção de uma mão de obra qualificada é
Ambiente de Negócios e a visão do próprio negócio.
A previsão do ambiente de negócios sofreu uma leve melhora do 4º trimestre de 2014 para o 1º trimestre de 2015, com número de respondentes acreditando na estabilidade dos negócios comparando 2014 com 2015 crescendo, atingindo 31% contra 23%. Como consequência desta melhora de humor, embora ainda pessimistas, os empresários do setor reduziram as suas previsões de queda, de 8,4% para 6,38%.
Vale destacar que a visão destes mesmos empresários sobre o negócio próprio é bem mais otimista, com queda estimada de apenas 1%, o que pode indicar que o mal humor apurado possa mais uma influência do ambiente externo do que da realidade vivenciada do próprio negócio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário